Tenho 29 anos, sou uma típica DDA, filha de uma típica TDAH. Me trato há 7 anos com Metilfenidato, sendo mais outros 4 anos com antidepressivos, já que o meu diagnóstico foi tardio. Mesmo usando a Ritalina normal e a LA, sinto todas as dores geradas pelo TDAH e suas comorbidades (depressão, ansiedade e compulsão alimentar). É difícil explicar essa luta diária mental: você sabe que a aula é importante, mas simplesmente não consegue prestar atenção; você precisa estudar, fazer trabalhos, mas não consegue nem começar; você tem coisas pra fazer, mas não consegue se organizar; você não se lembra de detalhes ou informações que recebeu a curto prazo; o que não é desafiador não te motiva mais; o que não te motiva te deprime; o estresse te leva ao caos... Ninguém pede pra nascer assim. Ninguém com TDAH toma Ritalina pra turbinar o cérebro. A gente só quer ter uma vida normal, sem tanta dor, sem tanta angústia por não conseguir realizar o que precisamos fazer. Será que é tão difícil entender isso?

#297: -  Oi, tenho 37 anos e passo exatamente por tudo isso, tenho mil coisas pra fazer e naõ sei por onde começaar e quando decido por algum lugar, nunca consigo terminar.