Contra a implementação da PEI (Programa Ensino Integral) no Mario Franciscon

Nós professores, pais, alunos e demais membros da comunidade escolar da EE Mario Franciscon, somos sumariamente contra a implementação do PEI em nossa escola, já que  que na região onde está localizada a escola já existem várias escolas PEIs, sendo uma a metros de distância como é o caso da EE Jean Piaget, uma escola com 23 salas que comportam tranquilamente alunos da região que queriam estudar sob esse modelo educacional.
Relatamos que muitos dos nossos alunos fazem curso, trabalham e têm outras atividades fora da escola, inviabilizando para eles permanecerem nesse modelo de ensino devido aos seus horários de funcionamento, das 7h às 14h para Ensino Fundamental II e das 14h às 21h para os estudantes do Ensino Médio. Nesse último caso, muitos trabalham e já vieram de outras escolas que se tornaram PEIs na região e falam em abandonar os estudos caso seja implementado esse modelo de ensino, por não ter outra alternativa de vida ou outra unidade escolar que atendam suas necessidades para continuarem seus estudos na região.
Essa é uma decisão que desestrutura a vida dos alunos e familiares, não assegura organização curricular digna de um projeto integral que responda ao interesse da comunidade na qual nossa escola está inserida.
Por outro lado, nós, comunidade escolar, não concordamos pois, esse modelo de ensino integral exclui e discrimina alunos trabalhadores, estagiários e o EJA (Ensino de Jovens e Adultos) e reduz o quadro docente drasticamente, tirando-lhes o DIREITO constitucional ao ensino e políticas educacionais que promovam a inclusão dos mesmos no sistema educacional público.
Porém, o mais grave é a exclusão de centenas de alunos que hoje estudam próximos de suas residências. Esta exclusão ocorre tanto pela necessária readequação dos espaços escolares, como pela inadequação deste programa aos alunos que cuidam dos irmãos enquanto seus país trabalham, fazem cursos no contraturno da escola ou, mesmo, que não se adaptam a este projeto educacional. Essa evidência é constatada em todas as atuais escolas PEIs, várias delas tiveram uma redução de mais 50% do total de alunos, mostrando assim salas esvaziadas com 15 alunos, enquanto as escolas regulares que recebem esses alunos apresentam salas lotadas com módulos acima de 40 alunos.
Na escola deve haver um debate franco e honesto sobre as escolas PEIs, as suas implicações e impactos para comunidade, principalmente neste período pós-pandemia, esclarecendo a comunidade escolar de maneira lúcida e no rigor das leis que envolvem esse processo, com debate amplo e democrático como cita a Constituição, o ECA e a LDB.


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