Manifesto Fora Bolsonaro

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Nosso país vive duas crises gigantescas: a pandemia do novo coronavírus e a crise política de um governo irresponsável, insensível às milhões de vítimas e amante do fascismo. Essa combinação apenas revela que um governo de extrema direita, que se sustenta pela aplicação de políticas ultraneoliberais, reforça um sistema que se mostrou incapaz de priorizar a vida. Neste sentido, derrubar Bolsonaro e Mourão é parte decisiva da nossa luta por salvar vidas.

De um lado, o coronavírus chegou de avião e se alastrou pelas principais metrópoles e agora avança sobre periferias e para o interior. Encontra uma das sociedades mais desiguais do mundo, com um sistema de saúde sucateado por sucessivos cortes em investimentos públicos ao longo de anos. Como se não bastasse, o presidente da República se torna o principal inimigo das regras elementares de isolamento social para a contenção da pandemia, zomba das dores do povo, ao mesmo tempo em que ensaia um golpe contra as liberdades democráticas e suas instituições.

Bolsonaro tornou-se, portanto, responsável pelo agravamento da pandemia, da saturação dos sistemas hospitalares e do aumento das mortes. Além disso, após ter proposto um auxílio de fome de apenas R$ 200 – aumentado para R$ 600 por ação da oposição – agora cria imensa dificuldade para o acesso aos benefícios e já atrasa a segunda parcela, colocando milhões de pessoas sob o risco da infecção em filas e/ou na miséria completa por não acessar os recursos. Como se não bastasse, participa de manifestações pelo fechamento do STF e do Congresso Nacional, ao passo em que se organiza um acampamento na Esplanada dos Ministérios onde as pessoas são treinadas para combater a esquerda e as instituições.

Com a pandemia, o governo aprofunda o abismo social que existe no País e vendem a ideia de que a solução se dará pelo Ensino à Distância (EaD). O EAD, na verdade, é o processo de mercantilização da educação, pois ignora que mais de 4,8 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso à internet. Portanto, precisamos exigir a suspensão dos calendários escolar e acadêmico, sem cobrança de mensalidades; dos vestibulares e do ENEM, para que seja garantia a quarentena aos jovens e suas famílias.

Também é necessário que o governo garanta (e estenda por mais tempo) o auxílio emergencial para toda a população que necessita; garanta a estabilidade dos empregos e o pagamento integral dos salários aos trabalhadores. Nós também defendemos a quarentena geral, já, para todos os trabalhadores e trabalhadoras.

Nesse contexto, as mulheres têm sido as principais atingidas pela pandemia, pois são as principais responsáveis pelo trabalho de reprodução da vida, as principais responsáveis pelo cuidado das crianças, dos/das idosos/as e dos/das doentes, em sua maioria exercendo dupla jornada no trabalho produtivo e no trabalho doméstico não remunerado. Não é a toa que a primeira morte por Covid-19 no Brasil, foi de uma trabalhadora doméstica que se contaminou por estar em contato com sua patroa no local de trabalho.

Nessa esfera, as mulheres negras são ainda mais atingidas, por ocuparem as piores posições do trabalho, em empregos informais e precarizados e por serem a maioria nas periferias. Por isso, também são as mulheres, principalmente mulheres negras, que mais sofrem com a falta de políticas públicas de saúde, educação e cuidado e serão as principais atingidas pela falta de uma renda mínima ou pela redução/corte no auxílio emergencial.  

Em Santa Cruz do Sul, estamos assistindo a reabertura precoce dos serviços em meio ao aumento de casos, em favor da pressão dos setores burgueses, aliada ao desserviço de um governo genocida, que leva a população à fome e a miséria por falta de assistência. Nesse contexto, vivenciamos ainda o aprofundamento da destruição do meio ambiente, além do genocídio dos povos originários e da população negra da periferia, que mesmo em casa corre constante risco de perder sua vida para o Estado.

É chegada a hora de compreendermos o verdadeiro significado da democracia, o poder nas mãos do povo. Se o governo coloca nossas vidas em risco, cabe a nós transformarmos a realidade através da auto-organização. Nossa luta é pela vida, pela renda, pelo trabalho e pela defesa das liberdades democráticas. Nesse sentido convocamos todas as organizações e movimentos sociais de Santa Cruz do Sul e região a se somar nessa frente em defesa da democracia e pelo fora Bolsonaro em defesa da vida, por garantia de renda e emprego, e pelo fim do genocídio do povo negro. O Brasil é maior que esse governo fascista, nós venceremos!


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