Reconhecer Polícia profissão de desgaste rápido

O exercício da atividade policial está sujeita a fortes pressões, uma vez que, cada vez mais a comunidade, no seu todo e o cidadão em particular, exigem mais dos profissionais de polícias em termos de capacidade de atuação e competência no desenvolvimento desta atividade; as atividades criminosas envolvem, cada vez mais, organizações violentas e altamente profissionais, dispondo os agentes do crime de sofisticadas armas que se dispõem a utilizar sem vacilar, exigindo-se, cada vez mais dos polícias. Contribui ainda para este desgaste as pressões resultantes da exposição pública destes profissionais, e a facilidade com os media julgam de forma depreciativa a atividade dos profissionais da PSP.

Por outro lado, os profissionais de polícia cumprem horários em regime de turnos (rotativos), em que a remuneração não tem acompanhado o esforço inerente ao cumprimento de horários noturnos e ao fim de semana, com remunerações que são consideradas, unanimemente, abaixo dos padrões nacionais e europeus, o que, por si só envolve um grande desgaste emocional e físico. Por tudo isto, consideram os signatários da presente petição pública que os Deputados da Assembleia da República, como representantes do povo devem desencadear os mecanismos legais e estatuários que permitam a alteração dos Estatuto da PSP, ou através de Lei da AR, por forma a reconhecer legalmente a profissão de polícia como de desgaste rápido.