Manifesto Antiarte: elogio aos impressores espaciais outsiders!

# Desobediência civil pra existir!

A guerrilha antiarte entre os insurgentes produtores de impressões outsiders e os vários tipos de governamentalidade do poder estabelecido é deveras antiga. E é por isso que as ações diretas da insurgência da lira em front tem sido simplesmente resistir pra existir, vis-à-vis aos vários tipos de dominação e opressão simbólicas impostas pelo contexto artístico da governamentalidade estabelecida, que visam o desgendramento de qualquer resistência através do boicote capital das linguagens socioartísticas utilizadas nas impressões de tais expressões antíteses, ainda marginalizadas artisticamente.

Direto ao ponto: ocupar espaços públicos NÃO é crime porque o público também é meu ou seu! Protesto e apoio total as moléculas antiarte que se excluíram propositadamente do mapa da chamada produção artística paulistana e que por isso, ficaram acometidas simbolicamente da atual dimensão criacional que significa esteticamente o capitalismo hipermoderno enquanto a sua matéria-prima. Mutatis mutandis, protestar contra os códigos fascistas e démodés imbuídos signamente nas regras da semiose da linguagem nomeada como estabelecida pelo atual poder estabelecido, também NÃO é crime.

E Sem delongas, estar fora desse contexto socioartístico hipermoderno – inestético – também NÃO significa nada. Ao contrário. Porque o terreno antifundamental da antiarte esta crescendo e a sua produção de impressões outsiders também. E mais, se o percurso do movimento de tais ocupações culturais e squatings antiarte esta mudando e resignificando os espaços e equipamentos públicos atualmente em desuso, isso significa que a crítica antiarte esta se difundindo consideravelmente!

Mutatis mutandis, a guerrilha antiarte precisa de você freguês! Assine já este manifesto e seja mais um insurgente que luta contra o tiranismo societal do poder estabelecido - porque ao apoiar a liberdade expressional dos impressores espaciais outsiders da lira urbana - você também apoiará a resignificação de espaços públicos ociosos por processos socioartísticos hipermodernos e sem delongas, lutará contra a crescente segregação das pessoas remanescentes do operariado paulistano residentes nas chamadas senzalas modernas, em relação ao espaço central.

 

Sinceramente, Guerrilha Antiarte